Foto: Adriana Vieira
Por Bruno Eduardo
A responsabilidade não pesou nas costas da Drenna. Mesmo com o dever de aquecer o público que começava a chegar na Praça da Apoteose, o grupo carioca se sentiu à vontade no palco, mostrando firmeza e roteiro próprio. Esmerilhando sua guitarra, a ruivinha (de cabelo laranja?) tem total domínio de suas ações - e parece saber de cór e salteado a receita para o bolo não desandar. Calcado em um bom repertório - que incluem ótimas canções próprias ("Indecisão" e sua guitarra à la Red Hot Chili Peppers) e releituras muito bem tramadas ("Eleanor Rigby", dos Beatles) - a Drenna mostra que sabe levar um show de rock na unha, sem aquela tentativa desesperada de jogar para o público (patologia que toma conta das bandas iniciantes). O grupo também tira alguns coelhos da cartola. Em "Ela Vai Chamar Sua Atenção", utilizam de forma sagaz o trocadilho, convidando ao palco, Allice - famosa por tirar a roupa em alguns shows de rock na cena carioca.
Mesmo sendo uma banda independente em ascensão, eles parecem conhecer bem os atalhos dos grandes palcos. Para quem foi confirmado no line up aos 44 minutos do segundo tempo por ter vencido um concurso popular, a Drenna passou uma impressão de que seu lugar já estava guardado desde sempre - e estava mesmo.
Foto Adriana Vieira
Foto Adriana Vieira
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