Riffs graves de guitarra com bases secas e agressivas. Groove infernal que transforma o auto-falante em uma pulsante máquina de destruição. É devastador, e não, não estou falando do disco inteiro. Isso é apenas a segunda faixa, "Streets Of Rage".
Towards The Rising Sun é uma coletânea de riffs impressionantes, velocidade, e guitarras que cospem acordes e notas como uma máquina desgovernada. Exagero? Ouça "Summertime" ou "Critical Human Life" - que parecem extraídas de algum repertório do Pantera entre os anos de 1992 e 1994. Já "Red Carpet" sugere uma sessão de pogo - cessada apenas pela sensacional introdução de guitarra em "Heavy Bounds". O disco de estreia do Barizon é uma pedrada nos tímpanos (no bom sentido!).
A influência do stoner rock aparece explícita na faixa título e na derradeira do álbum, "Smoked Morning" - uma passagem cheia de clichês sabbathicos, com destaque para o vocal de Alexandre Marchi Barbosa. Caso você seja sortudo e conheça bandas como Kyuss, Sleep, e Electric Wizard, há chances de identificar algum elemento perdido delas na excelente "Night Warrior".
Para quem não sabe, o Barizon é considerado um supergrupo da cena roqueira carioca por ter em sua formação integrantes de bandas como Plastic Fire, Zander e Noção de Nada. Felizmente, Towards The Rising Sun justifica tal posição em uma trilha amotinadora e entorpecente.
Ouça: "Summertime"